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domingo, 1 de maio de 2011

Palestra do psicólogo Lino de Macedo

Professor do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade da Universidade de São Paulo (USP), além de especialista em Jean Piaget, Lino de Macedo participou de um debate com a equipe da Revista Nova Escola e falou sobre os conceitos de informar, conhecer e saber.


Fonte: Revista Nova Escola

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Crianças vêm, crianças fazem.


Reflexão criança vê criança faz por

Ong Ambientalista - Conheça o Greenpeace

Docente:

Maria Angela de O. Oliveira.

Academica:

Monique Rafaela Campos dos Santos Evaristo.

Greenpeace.

Conheçam um pouco mais da dessa grande organização

Organização

de envergadura mundial

Em 15 de setembro de 1971, um grupo de 12 pessoas,

entre ambientalistas e jornalistas, levantou âncora no porto de Vancouver, no Canadá.

Assim nasceu o Greenpeace.

A tripulação do navio Phyllis Cormack, a caminho das Ilhas Aleutas (Amchitka), para protestar contra os testes nucleares dos EUA na região. O protesto marcou a fundação do Greenpeace.




A Guerra do Vietnã ocupava as manchetes de todos os veículos de comunicação, jovens pacifistas atravessavam todos os dias a fronteira dos Estados Unidos para engrossar a legião de desertores no Canadá, o rock invadia as rádios, os hippies ditavam a moda. Tudo isso era visível nos tripulantes do Phyllis Cormack, o pequeno barco de pesca alugado que rumava para Amchitka (ilhas Aleutas, Pacífico Norte), local onde os Estados Unidos conduziriam mais um teste nuclear. No mastro da embarcação, tremulavam duas bandeiras: a da ONU – para marcar o internacionalismo da tripulação – e outra com as palavras “green” e “peace” – representando a ideia da defesa do ambiente e da paz.

A expectativa era grande. Dois anos antes, um teste nuclear norte-americano em Amchitka havia gerado enorme controvérsia. A região tem uma das estruturas geológicas mais instáveis do planeta e sofre com frequentes terremotos e maremotos. Cerca de 10 mil pessoas tentaram impedir esse primeiro teste bloqueando o maior posto de fronteira entre o Canadá e os EUA, carregando faixas que diziam: “Não faça onda!”, em referência aos maremotos. O governo norte-americano desprezou os protestos, realizou o teste e anunciou a realização de mais um, cinco vezes mais potente, no mesmo local, em 1971. Era preciso fazer algo além de colocar faixas na fronteira, pensavam dois dos envolvidos nos primeiros protestos – Jim Bohlen e Irving Stowe.

O nova-iorquino Jim Bohlen era um ex-mergulhador e operador de radar da Marinha norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1966, quando percebeu que o envolvimento norte-americano no Vietnã era irreversível, deixou a Marinha e mudou-se para Vancouver com a mulher, Marie. Lá, durante uma passeata contra a guerra, o casal conheceu Irving e Dorothy Stowe, que também havia abandonado os Estados Unidos por convicção religiosa. Eles eram quackers, grupo religioso de tradição protestante que acredita numa forma pacífica de resistência, que consiste em estar fisicamente presente na cena de um acontecimento ruim como forma de impedi-lo.

Irving Stowe, advogado formado em Yale, trabalhava num jornal underground contrário à guerra, o Georgia Straight. Com um jovem estudante de direito da Universidade da Colúmbia Britânica, Paul Cote, fundaria um movimento pacifista e ecologista que viria a se tornar o Greenpeace, o Comitê Não Faça Onda.


Curiosidade: Junção de ideais - O nome da nova organização é fruto do acaso: isoladas na bandeira do barco, essas palavras não cabiam num button vendido para ajudar a arrecadar fundos para a viagem. Foi necessário juntá-las. Nascia o Greenpeace.

Atuação:

O GREEN PEACE atua em diversas frentes, entre elas estão

  • Amazonia
  • Clima e Energia
  • Nuclear
  • Oceanos
  • Transgenicos

Amazonia


AEEm 1999 chegamos à Amazônia para investigar a exploração ilegal de madeira. Não saímos mais. Muitas pesquisas e ameaças de morte depois, continuamos em campo. Aliados às comunidades locais, identificamos áreas sob pressão de desmatamento e denunciamos os responsáveis. Lutamos para que a produção de gado e soja, maiores vetores de devastação, parem de avançar sobre a floresta.

SoSoluções

- Desmatamento zero: Ao zerar o desmatamento na Amazônia até 2015, o Brasil estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global, assegurar a biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio para beneficiar a população local. Ações contra o desmatamento e alternativas econômicas que estimulem os habitantes da floresta a mantê-la de pé devem caminhar juntas. A criação de um fundo de investimentos nacionais e internacionais tornaria a proposta viável.

- Áreas protegidas: Uma parte do bioma é protegida legalmente por unidades de conservação, terras indígenas ou áreas militares. Mas a falta de implementação das leis faz com que mesmo essas áreas continuem à mercê dos criminosos.

- Regularização fundiária: É a definição, pelo Estado, de quem tem direito à posse de terra. O primeiro passo é o mapeamento das propriedades privadas para possibilitar o monitoramento de novos desmatamentos e a responsabilização de toda a cadeia produtiva pelos crimes ambientais ocorridos.

- Governança: Para todas essas medidas se tornarem efetivas, o governo precisa estar na Amazônia, com recursos e infraestrutura para fazer valer as leis de preservação.

Clima e Energia



O aquecimento do planeta é uma realidade e, se nada for feito, ele trará consequências catastróficas para a biodiversidade e para o ser humano. Por isso, pressionamos empresas e governos a abandonarem fontes fósseis de geração de energia, como o petróleo e o carvão, e substituí-las pelas novas renováveis, como solar e eólica. Essa é uma estratégia não só para reduzir as emissões de gases-estufa, mas para consolidar um crescimento econômico baseado em tecnologias que não prejudicam o planeta.

Soluções:

- Investir em uma política energética inteligente: segundo estudo encomendado pelo Greenpeace, as novas fontes renováveis podem suprir metade da demanda mundial até 2050

- Incentivar o setor de novas energias: a indústria de geração e de eficiência energética temcapacidade de abrir 8 milhões de empregos no mundo até 2030

- Zerar o desmatamento no mundo: no mundo, a derrubada e a queimada das florestas tropicais jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera; só no Brasil, o volume é de 1,26 bilhão de toneladas por ano

- Conservar os oceanos: os mares absorvem CO2 da atmosfera, mas eles têm um limite. Destinar 40% dos oceanos para unidades de conservação ajuda a mantê-los saudáveis, de forma a cumprirem essa tarefa.


Nuclear


A geração de energia a partir de combustível nuclear representa um grande perigo para as pessoas e o ambiente. Ela demanda maior investimento público e gera mais poluentes quando comparada às energias renováveis. Ressuscitar o Programa Nuclear Brasileiro é um retrocesso.

Soluções

- Fim da expansão do programa nuclear brasileiro;

- Suspensão da exploração de minério radioativo;

- Não construção da usina nuclear Angra 3;

- Reestruturação do setor nuclear brasileiro para o uso seguro da energia nuclear com fins medicinais;

- Investimento em geração de energias renováveis.


Oceanos


Dados do governo federal apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória.

O que queremos

- Criação de áreas marinhas protegidas em 30% de nossas águas territoriais e, globalmente, para que o mundo destine 40% de suas águas oceânicas para reservas marinhas;

- Uma política nacional de oceanos marcada pela coordenação entre os órgãos responsáveis;

- Regulamentação definitiva da atividade pesqueira – incluindo a fiscalização contra técnicas de pesca predatórias como o arrasto;

– Conscientização da população sobre a conservação dos oceanos;

- Pressão sobre a diplomacia brasileira para que ela aja em fóruns internacionais no sentido de proteger a biodiversidade marinha global.


Transgenicos



A introdução de transgênicos na natureza expõe nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos. Além disso, ela torna a agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia, e põe em risco a saúde de agricultores e consumidores. O Greenpeace defende um modelo de agricultura baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos agricultura para sempre.

Soluções

- Proibição de aprovações de novas culturas transgênicas, em especial aquelas que são a base da alimentação de nossa população.

- Rotulagem dos produtos transgênicos, para atender plenamente a um direito do consumidor de saber o que está comprando.

- Fiscalização e cuidado na cadeia para que não haja contaminação.


COLABORADORES


Desde o início, o Greenpeace escolheu ser uma organização independente. Para tanto, definiu que não aceitaria dinheiro de empresas, governos ou partidos políticos.

Presente em 43 países de todos os continentes, o Greenpeace conta com o apoio de 4.384.000 ciberativistas e mais de 3.875.000 colaboradores.

No Brasil, somos mais de 70 pessoas trabalhando nos escritórios de São Paulo, Manaus e Brasília, 250 voluntários, 47 mil colaboradores e 300 mil ciberativistas.


Transparencia

Como parte do compromisso assumido com uma gestão pautada pela transparência e boa governança, o Greenpeace, todos os anos, tem suas contas auditadas.

Após a auditoria, os resultados são organizados em forma de relatório, que, além do balanço financeiro, também mostra as principais atividades e conquistas da organização durante o período tratado.

O Greenpeace enxerga a publicação desse relatório como um compromisso ético com a sociedade em geral e com seus colaboradores, voluntários e parceiros. É mais que uma formalidade a ser cumprida.

A tradição de transparência vem de longa data. Desde 1999 os relatórios são enviados a colaboradores e parceiros e disponibilizados no site para quem quiser consultá-los.

Já pensou em fazer parte de um time que arregaça as mangas para garantir a sobrevivência do planeta? Que tem como valores básicos a independência financeira e a confrontação criativa e não violenta para pressionar mudanças de atitude?

Acesse: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/





quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estudo Errado - Gabriel o Pensador.

Há algumas verdades que infelizmente são " Abafadas " pelo Sistema, contudo nem todos são discipulos do sistema, a arte aqui descrita com rimas, alfinetadas sociais e muito bom humor, expressa muitas vezes o que esta atravessado na garganta do Educador.




Estudo Errado - Gabriel O Pensador



Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lei de Gerson- Origem


Gérson de Oliveira Nunes foi um dos melhores meio-campistas de toda a história do futebol brasileiro e teve participação fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1970. No entanto, terá seu nome imortalizado não apenas por suas contribuições esportivas, mas também por ter batizado uma das poucas leis que são regiamente respeitadas no Brasil, ao lado da Lei da Gravidade e da Lei de Murphy.


A malandragem, a esperteza e o tão propagado "jeitinho brasileiro" ganharam seu enunciado definitivo graças a uma frase que Gérson pronunciou em uma propaganda de televisão veiculada em 1976, para os cigarros Vila Rica. No comercial, o ex-armador do São Paulo discorre sobre várias vantagens do cigarro que anunciava: "É gostoso, suave e não irrita a garganta". Para arrematar sua argumentação em prol da marca, Gérson questiona: "Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro?". Em seguida, com um sorriso malicioso, diz a infame frase que, descontextualizada, tornou-se o bordão definitivo da terra dos espertalhões, das propinas e da generalizada falta de ética neste país: "Gosto de levar vantagem em tudo, certo?". Confiram a seguir, graças ao usuário memoriadatv do YouTube, o histórico comercial dos cigarros Vila Rica.



Até hoje Gérson é injustamente penitenciado por ter estrelado uma campanha publicitária que, involuntariamente ou não, captou uma essência básica do imaginário coletivo nacional. Fica aqui a lição, caros amiguinhos e inimiguinhos: nem sempre vale a pena aceitar todas as propostas comerciais que vocês recebem.